Se você já ouviu a seguinte frase: “trabalhar em família é difícil”, nós lhe convidamos a ler esse artigo até o fim. 

É muito comum que a ideia de um negócio nasça e se desenvolva com ajuda de membros familiares, ainda mais no Brasil, onde as empresas familiares representam cerca de 90% dos empreendimentos. Acontece que apenas 30% das empresas familiares chegam até a segunda geração e só 15% sobrevivem para encarar a terceira, sendo um dos principais motivos para essas estatísticas alarmantes a ausência de um planejamento patrimonial e sucessório adequado. Porém, apenas 20% das empresas familiares, no Brasil, se preocupam com a implantação do planejamento sucessório e em adotar boas práticas de governança corporativa. 

Como se sabe, as empresas familiares estão unidas por laços afetivos e, diferentemente do que acontece em empresas convencionais, nelas, os sócios não estão ali pura e simplesmente para auferir o lucro, mas sim porque estão envolvidos por sentimentos, na maioria das vezes, pré-existentes à constituição da empresa. No caso da primeira geração, esse sentimento consiste, principalmente, na missão de deixar um legado e, nas gerações seguintes, o sentimento dominante é o de dar continuidade à atividade com intuito de que a história e valores familiares se perpetuem por meio da empresa. Empresas familiares são a referência da família, como da mesma forma, a família é referência da empresa.    

Ocorre que os fatores socioemocionais presentes, quando não bem administradores e delimitados, podem comprometer o futuro da empresa, especialmente se tratando de sucessão de uma geração para outra. 

Se planejar a sucessão empresarial é uma dor difícil a ser enfrentada por aquelas empresas que querem continuar em atividade, permanecer inerte pode ser ainda pior, já que o futuro incerto da empresa é capaz de desencadear brigas, desentendimentos familiares e até levar o negócio a ruínas.  

Por sua vez, essa ideia de “passagem de bastão” traz consigo anseios e inseguranças e, por esse motivo, a importância do planejamento ganha cada dia mais espaço dentre as preocupações das famílias empresárias. Razão disso é que a sucessão em uma empresa familiar não se limita a uma ingênua troca de membros na direção do poder, nem de mera transferência do patrimônio. Na realidade, diz respeito a um processo entre gerações que deve ser planejado e acontece em longo prazo, pois implica na transmissão de um legado e de patrimônios intangíveis. 

Enfim, a empresa familiar só existe pela família e enquanto esta se compromete a transferir às próximas gerações as rédeas do seu negócio.   

Além disso, diferente de como é pintado, o planejamento sucessório independe do tamanho da empresa e do patrimônio da família, aliás, quanto antes ele for realizado melhor. Pois, esperar que a família tenha um vasto patrimônio e que o número de herdeiros e sucessores aumente poderá tornar a sucessão mais complicada. Por isso, é importante pensar e planejar a sucessão hoje, sempre ciente que o caminho é longo e os frutos futuros. 

Portanto, trabalhar em família é, sim, uma difícil missão, mas com as ferramentas corretas esse desafio é atenuado e as chances de a empresa familiar continuar em atividade por muitas gerações são majoradas. O planejamento sucessório é uma dessas ferramentas auxiliadoras, ou seja, parte fundamental é entender os objetivos e preocupações da família. 

Costumamos dizer que não existe uma “receita de bolo pronta” que servirá para todos os planejamentos, os famosos modelos. Saibam, bem, que cada família tem o seu cenário, seus objetivos, anseios e desafios a ela inerentes que necessitam ser estudadas com alternativas que atendam ao seu propósito. Sendo assim, o nosso time de planejamento sucessório, societário e patrimonial (PSSP) está à disposição para esclarecer e explorar esses conceitos e a sua situação específica e única.

Este material foi elaborado para fins de informação e debate e não deve ser considerado uma opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. 

João Teixeira – joao.teixeira@gomesaltimari.com.br

Carollyne Molina – carollyne@gomesaltimari.com.br