• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Destaques  #Karen Lúcia Membribes Esteves Ferreira  #Maria Carla Rodrigues

Lei 11.340/2006 (Maria da Penha): Contexto histórico e Conquistas na luta contra a violência doméstica e de gênero.

5 de março de 2024

Maria da Penha Fernandes, mulher que dá nome à Lei 11.340/2006, é farmacêutica formada pela Faculdade de Bioquímica da Universidade Federal do Ceará e Mestre em Parasitologia pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

Apesar do impressionante currículo, Maria da Penha ficou conhecida nacional e internacionalmente por ser vítima de dupla tentativa de feminicídio no ano de 1983, tentativas realizadas por seu então cônjuge, Marcos Antônio Heredia Viveros. Ainda que tenha sobrevivido a ambas as tentativas de homicídio, Maria da Penha ficou paraplégica após a primeira, que ocorreu por meio de um tiro em suas costas enquanto dormia.

O julgamento de Marcos Antônio ocorreu em 1991, oito anos após o crime, sendo prolatada sentença condenatória de 15 anos de prisão, prisão está que não ocorreu, tendo em vista a recursos de defesa, o que levou o réu a sair em liberdade do fórum após o julgamento. O mesmo ocorreu após novo julgamento ocorrido em 1996.

Então, em 1998, o Centro para a Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) denunciaram o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA), dando ao caso dimensão internacional.

O Estado brasileiro permaneceu omisso e não se manifestou em nenhum momento sobre a denúncia realizada e tampouco durante o processo. Por isso, em 2001 o Estado foi responsabilizado por negligência diante da omissão e tolerância em relação a violência doméstica contra mulheres brasileiras.

Em 2002 foi formado um consórcio de ONGs Feministas para a elaboração de uma lei que combatesse efetivamente a violência doméstica, familiar e de gênero contra a mulher brasileira. O projeto de Lei nº 4.559/2004 da câmara dos deputados chegou ao Senado Federal e foi aprovado por unanimidade em ambas as Casas.

Em 7 de agosto de 2006 é sancionada pelo Presidente da República a Lei 11.640, nomeada Lei Maria da Penha em homenagem a luta e história de Maria da Penha Fernandes.

Conforme descreve a própria lei, em seu Art. 1º, ela cria “mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher”

Importante destacar que, conforme disposto nos Arts. 5ª e 7º da Lei, a violência doméstica e familiar contra a mulher não está restrita à violência física, mas engloba também qualquer ação ou omissão que lhe cause sofrimento sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

Nos anos que sucederam a criação da Lei Maria da Penha, diversos mecanismos legais e processuais foram criados para assegurar, de forma ainda mais eficaz, a proteção da mulher no âmbito familiar, assim como para punir mais severamente aqueles que cometem crimes neste âmbito e motivados pela violência de gênero.  

Um exemplo disto foi a inclusão pela Lei nº 13.104/2015 do Feminicídio (inciso VI) ao §2º do Art. 121 do Código Penal, que considerou como qualificadoras o cometimento do crime de homicídio quando (§2º-A) este envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou descriminação à condição de mulher. Inclusive, o Feminicídio é considerado crime hediondo.

Mais recentemente, em 31 de outubro de 2023, foi sancionada a Lei 14.717, que instituiu pensão especial aos filhos e dependentes crianças ou adolescentes que ficaram órfãos em razão do crime de feminicídio.

A Lei Maria da Penha é um marco na luta pelos direitos das mulheres no Brasil, assim como as demais Leis que a sucederam. Porém, assim como os demais crimes descritos no Código Penal, os crimes contra a mulher continuam ocorrendo e causando uma mácula à sociedade.

Caso você seja vítima de violência doméstica, tenha presenciado ou conheça alguém que sofre com estes crimes, entre em contato com o 190 (polícia militar) para denunciar casos de emergência ou ainda 180 (central de atendimento à mulher), este serviço específico registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes e fornece informações sobre os direitos das mulheres, além de indicar locais de atendimento próximos.

Ademais, o auxílio de um advogado especialista é também indispensável para assegurar os direitos das vítimas dos crimes citados no presente artigo.

Alertamos que este material foi elaborado para fins informativos e de debate, não devendo ser considerado uma opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Os advogados do Gomes Altimari Advogados estão à disposição para oferecer esclarecimentos adicionais sobre o tema.

Karen Lúcia Membribes Esteves Ferreira – karen@gomesaltimari.com.br

Maria Carla Araujo Rodrigues – maria.rodrigues@gomesaltimari.com.br

Fontes:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm#art46

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm#art1

https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da-penha.html

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm

Últimas Publicações

Justiça Federal anula registro de desenho industrial de modelo clássico da Grendene
INPI atualiza Tabela de Retribuições: entenda os impactos e como se preparar para as novas taxas a partir de agosto de 2025
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ

Nossos Profissionais

  • Karen Lúcia Membribes Esteves Ferreira Entre em contato

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Justiça Federal anula registro de desenho industrial de modelo clássico da Grendene
INPI atualiza Tabela de Retribuições: entenda os impactos e como se preparar para as novas taxas a partir de agosto de 2025
Adiamento da NR-1: nova data traz alívio, mas também muitos desafios para as empresas
Direitos autorais e hospedagem: motel de Cuiabá é condenado por execução pública de músicas em quartos
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR