Os anúncios feitos pela Petrobras representam um retrocesso na governança corporativa da empresa e representam maior flexibilidade para não pagar dividendos extraordinários, mas não podem ser vistos como completamente inesperados, diz a XP.
Para os analistas André Vidal e Helena Kelm, agora mais investidores vão questionar os fundamentos da tese de investimentos da Petrobras, bem como pesarão uma possibilidade maior de não haver dividendos extraordinários.
A corretora escreve que a proposta de mudança no estatuto que permite a indicação de pessoas politicamente expostas à diretoria e aos conselhos parece ser uma resposta da Petrobras aos questionamentos envolvendo indicações para o colegiado.
“Vemos a formalização dessa liminar (que, por definição, não é definitiva) no estatuto da Petrobras como um retrocesso muito negativo em sua governança corporativa”, afirmam os analistas.
Já sobre a formação de uma reserva de capital, faltam detalhes de como ela será efetuada, para saber seu real impacto. No entanto, a avaliação preliminar é que isso facilita o não pagamento de dividendos extraordinários.
“Isso não significa, necessariamente, que o governo não pagará dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2023 (nosso cenário-base continua sendo que eles o farão), apenas facilitando o caminho para tal”, ponderam.
A XP tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 36,70 para as ações preferenciais.
A XP tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 36,70 para as ações preferenciais.
Fonte: VALOR ECONÔMICO