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Como equacionar o problema da equidade racial no Brasil?

5 de dezembro de 2022

Em março desse ano, mais especificamente no Dia Internacional contra a Discriminação Racial, a Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial, iniciativa inovadora que chegou para revolucionar a forma que as empresas, investidores institucionais e a sociedade civil podem contribuir para equacionar o problema da equidade racial no Brasil, lançou o Índice ESG de Equidade Racial Setorial (IEER-S). A metodologia foi desenvolvida para estabelecer um parâmetro para cada segmento da economia nacional e servir como referência para as empresas que desejam combater a desigualdade racial.

O Índice ESG de Equidade Racial (IEER), tem um objetivo nobre e uma solução simples e robusta ao mesmo tempo, que é o de analisar os desequilíbrios raciais no mercado brasileiro, por meio dos dados, e também de gerar, empiricamente, soluções sustentáveis e escaláveis para essas discrepâncias. Contudo, para entender como o índice possibilita essa mudança no mercado de trabalho, antes é preciso conhecer um pouco de sua história.

O IEER originou-se a partir de um estudo realizado pelos autores Ransom e Sucht (2001), para o contexto americano, mais especificamente para a região Sul dos Estados Unidos. Dentre outras coisas, observava-se o percentual de negros em um conjunto de ocupações e comparava-se com o percentual de negros observado na população total. Assim, o índice é uma métrica que estima a diferença entre a quantidade de negros em uma ocupação em relação ao que seria esperado observar caso a distribuição de negros nas ocupações fosse aleatória. A solução proposta pelos autores americanos é elegante, dado o seu contexto. No entanto, a realidade do Brasil é outra e foi preciso otimizar essa metodologia para trazer a discussão para o centro do debate com a credibilidade e, principalmente, a responsabilidade que lhe é necessária.

Dessa forma, o Índice ESG de Equidade Racial, desenvolvido pelo Pacto de Promoção da Equidade Racial, antes traduz a realidade brasileira. E de que realidade estamos falando? De forma breve, olhando para a distribuição espacial das grandes regiões, no Norte e no Nordeste, nós temos o maior percentual de pessoas negras do Brasil, sendo o Sul e Sudeste onde se concentra a maioria branca do País. Da ótica demográfica, a população preta cresceu 32,4% nos últimos dez anos, de acordo com os dados da PNAD Contínua (2021). Além do mais, as políticas afirmativas no Brasil, sobretudo no que tange a educação e mercado de trabalho, são recentes em discussão e prática. Essas são apenas algumas das muitas variáveis que precisamos levar em consideração quando estamos tratando o caso brasileiro.

Dada a grandeza e heterogeneidade do nosso País, resumidamente abordada no parágrafo anterior, para analisar a desigualdade na distribuição das ocupações por raça, ampliamos a análise para outras unidades de observação, como, por exemplo, empresas e setores. No geral, focamos nas empresas e utilizamos como referência a população economicamente ativa da região em que estas estão inseridas. Outra variável importante para o cômputo é a massa salarial das ocupações. Com base nela podemos atribuir maior peso para os cargos estratégicos, como diretoria e gerência, por exemplo. Geralmente, estes cargos são mais bem remunerados e exigem um maior nível de qualificação e possibilita a observação de uma tendência maior de representação de brancos neles. No lado oposto, ou seja, quanto mais baixo na estrutura hierárquica da empresa, que são representados pelos cargos não vinculados à liderança, temos uma sub-representação de pessoas negras.

Mais recentemente, no mês de julho, o Pacto divulgou os resultados do primeiro relatório do Índice ESG de Equidade Racial Setorial (IEERS), que é composto por três categorias de análises: ocupações de não liderança, gerência e diretoria. O estudo revelou que na categoria de não-liderança existe uma evolução bastante favorável, nos últimos dez anos, na maior parte dos setores. Entretanto, na gerência e na diretoria essa evolução se mostra mais tímida. A pesquisa trouxe ainda uma subseção com análise especificamente sobre o setor financeiro. Quando comparado com outras áreas, como a de construção civil ou varejista, o setor financeiro tem um grau de desigualdade racial muito maior. E essa desigualdade aumenta conforme o nível de liderança da ocupação. Se nas ocupações de não-liderança já existe muita desigualdade racial, nas ocupações de gerência o nível aumenta e as diretorias são quase cem por cento brancas.

De acordo com o levantamento, em alguns grupos do setor financeiro, em particular em bancos de investimentos, o board de diretores das empresas é quase que exclusivamente branco. O índice fica muito próximo da extremidade negativa dele, que é de -1, que significa sub-representação de negros. O cálculo do Índice ESG de Equidade Racial para os grandes subsetores da economia muda o foco de empresas específicas e coloca em setores de atividade mais amplos. Ele calcula o índice ESG de equidade racial para cada um dos 25 grandes subsetores da economia, de acordo com a classificação do IBGE. É um grande incentivo para a adesão das empresas de auditoria e organizações da sociedade civil ao protocolo ESG Racial.

Diante desse cenário, o Índice ESG de Equidade Racial (IEER) revela-se como um grande instrumento para analisar e promover uma mudança estrutural no mercado de trabalho no Brasil, num futuro próximo, visto que por meio dele podemos trazer à tona, de forma empírica, o desequilíbrio nas ocupações na nossa nação e formular políticas de combate a essa desigualdade.

Fonte: Crislane Alves Bastos –  https://www.ibgc.org.br/blog/como-equacionar-problema-equidade-racial-brasil. Acesso em: 18/11/2022.

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