• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito do Consumidor  #Notícias

TJSP: chamar funcionários de ‘bandidos’ não gera dano moral para a empresa

21 de junho de 2021

A 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) decidiu que uma cliente não deve indenizar por danos morais uma empresa após ter chamado, por WhatsApp, funcionários de “bandidos” “sem ética e sem idoneidade” e postado criticas no site Reclame Aqui. Para o desembargador Sá Moreira de Oliveira, o dano moral à pessoa jurídica só pode ocorrer quando houver perda de credibilidade empresarial e queda nos serviços, o que não foi o caso.

Após a cliente contratar o serviço da empresa Perfect Glass Vidros Eireli para instalar envidraçamento de sacada e persianas, que foi iniciado no dia 8 de outubro de 2019, segundo a reclamação, um funcionário, por um erro, furou o teto da casa, ocasionando vazamento de água, que foi resolvido apenas em dezembro do mesmo ano. Durante esse período, a cliente enviou mensagens via Whats pp em que dizia: “vcs são bandidos”, “sem ética”, “vcs querem dar golpe e prejudicar consumidor” e “infelizmente uma empresa nada idônea”. Depois da solução, decidiu fazer reclamações no site Reclame Aqui. 

Diante disso, a consumidora foi condenada pelo juiz Carlos Antonio da Costa, da 3ª Vara Cível do TJSP, a pagar uma indenização no valor de R$ 5 mil e a retirar a crítica da plataforma. “Por um lado o texto da reclamação registrada pela suplicada no site Reclame Aqui não contém expressões lesivas à honra da parte-autora, por outro lado as expressões utilizadas pela ré nas mensagens que enviou aos prepostos da empresa são inquestionavelmente ofensivas”, afirma.

A empresa pedia uma indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil, cumulada com pedido de obrigação de fazer, para que a cliente fosse condenada a retirar o comentário feito no site Reclame Aqui. A companhia sustentava que a consumidora enviou ofensas aos funcionários através do aplicativo de mensagens e que a reclamação na plataforma foi uma forma de “vingança” para “manchar” a sua imagem.

Diante da condenação em primeira instância, a mulher recorreu reafirmando os transtornos que enfrentou em razão do serviço prestado. Assim, o relator, desembargador Sá Moreira de Oliveira, da 33ª Câmara de Direito Privado do TJSP, deu provimento ao recurso para julgar a ação da empresa improcedente.

De acordo com Moreira, nas reclamações no site Reclame Aqui “não há a imputação de qualquer conduta ofensiva à apelada e tampouco o seu conteúdo contém caráter difamatório contra a apelante”. Ele afirma que o argumento de que a cliente tentou manchar a imagem da empresa é infundado, não vislumbrando a ocorrência de ato ilícito. Para ele, “a liberdade de expressão do consumidor foi exercida dentro dos parâmetros da razoabilidade, não se evidenciando qualquer tipo de abuso no exercício desse direito de manifestação”.

Já nas mensagens, o desembargador identifica o teor ofensivo, porém, “a reputação, imagem e o bom nome de uma pessoa jurídica serão indenizáveis quando acarretarem alguma perda de credibilidade empresarial”, o que não foi o caso, já que a ofensa foi feita em conversa privada, sem qualquer divulgação.

As mensagens enviadas aos funcionários da empresa no WhatsApp configuram, na visão do magistrado, “conduta reprovável e que não condiz com os bons costumes, decoro e tratamento que deve ser dispensado em uma relação, decorrente da vida em sociedade”. E, “certamente acarretaria em dano moral à pessoa física [funcionário], que tem a sua honra objetiva atingida”.

Dano moral à pessoa jurídica

Assim como as pessoas naturais, para as pessoas jurídicas é “assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. É o que estabelece o artigo 5º, V da Constituição federal. De acordo com o artigo 170, caput, II, III e IV da CF, os objetivos desses direitos são garantir a livre-iniciativa, o acesso às condições equilibradas de concorrência, a propriedade e sua função social.

A Súmula 227 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), diz que a pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Segundo Thiago Sorrentino, professor de Direito do Ibmec, “a falta de um teste jurídico para definir a caracterização do dano causa muita insegurança”.

No caso das relações entre consumidores e empresas, o professor acredita que é necessário que haja comprovação da repercussão à imagem da pessoa jurídica, já que “não possuem uma dimensão psicológica capaz de ser ferida pela simples elocução de um impropério”.

“Para boa regulação do mercado, o livre fluxo de informações é imprescindível. Por tal razão, devem ser amplamente toleradas as manifestações dos consumidores acerca dos elementos próprios do modo como o serviço foi prestado ou entregue”, afirma Sorrentino. “Se o consumidor tiver tolhida sua capacidade de manifestação, aumentará a assimetria de informações, e o mercado terá um incentivo vicioso para oferecer utilidades ineficientes, custosas ou morosas.”

A ação tramita com o número 1002061-83.2020.8.26.0010.

Fonte: Mariana Ribas – JOTA. Acesso em: 18/06/2021.

Últimas Publicações

Nova decisão do STJ: CDC não se aplica à relação com empresas de cartões
Prova técnica x redes sociais: TST define prevalência do laudo pericial
Infraestrutura digital ganha incentivo: MP cria regime especial de tributação para datacenters

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Nova decisão do STJ: CDC não se aplica à relação com empresas de cartões
Prova técnica x redes sociais: TST define prevalência do laudo pericial
Infraestrutura digital ganha incentivo: MP cria regime especial de tributação para datacenters
Carbono Oculto: como falhas de governança ainda geram riscos legais para empresas
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR