• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Governança Corporativa  #Notícias

Recuperação de bônus ilícitos é reforço reputacional

7 de outubro de 2024

Em m 2022, a SEC, responsável pela regulação do mercado de capitais nos Estados Unidos, determinou que as empresas listadas nas bolsas de valores americanas deveriam adotar a cláusula de “clawback”. A cláusula prevê a devolução à empresa dos bônus obtidos irregularmente e vale, inclusive, para empresas estrangeiras. Agora, a B3 lança luz à discussão no Brasil. Na audiência pública sobre mudanças no regulamento do Novo Mercado, a bolsa questionou se devemos adotar cláusulas de “clawback” no segmento destinado às empresas que se comprometem com a adoção de práticas de governança que vão além do exigido no arcabouço regulatório. A discussão promete.

“Clawback” é uma política de recuperação de remuneração variável baseada em demonstrações financeiras que contenham erros materiais e que são posteriormente corrigidas e reapresentadas. Ou seja, é um instrumento que protege a companhia e os acionistas de arcar com  o ônus econômico da compensação erroneamente concedida. “Clawback” ajuda a manter a confiança dos investidores nos mercados — e o nosso mercado precisa desse reforço reputacional. Não é preciso ir longe na memória para lembrar de uma fraude contábil travestida de cultura organizacional.

Ainda que sua implantação nos EUA seja recente, as discussões sobre a “clawback” vêm de ao menos uma década atrás. No estudo “Does voluntary adoption of a clawback provision improve financial reporting quality”, publicado em 2012 (dez anos antes da exigência da SEC), os autores Ed Dehaan, Frank Hodge e Terry Shevlin destacaram: “Nossa análise revela melhorias significativas na qualidade real e percebida dos relatórios financeiros após a adoção da ‘clawback’”. Foi observado, também, um aumento na remuneração dos CEOs sujeitos à cláusula.

Punição ou ressarcimento?

Ao discutir a adoção da “clawback” precisamos discutir também quem fica sujeito a ela. A Australian Prudential Regulation Authority, responsável pela regulação do mercado australiano, define que o gerente sênior, o diretor executivo ou o tomador do risco estão sujeitos à cláusula. São, portanto, os responsáveis por ressarcir a companhia.

No Reino Unido, a Financial Conduct Authority é mais específica: a “clawback” abrange apenas os empregados que participaram da tomada de decisão que resultou em perdas significativas.

Em outra ponta está a SEC, que coloca sob o chapéu da “clawback” todos os administradores estatutários, independentemente da participação na elaboração das demonstrações financeiras. Neste formato, podemos entender que o principal objetivo da “clawback” é reduzir o enriquecimento individual injusto por meio da proteção e do ressarcimento da companhia. Este chapéu, de aba mais larga, tende a gerar mais aversão das companhias e mais discussão sobre ônus e bônus de uma nova regra.

Apesar de a B3 apenas ter perguntado ao mercado sobre a “clawback”, isso não significa que há uma proposta na mesa para as companhias listadas no Novo Mercado. Se houver, no futuro, elas próprias poderão escolher se acatam a regra ou não — segundo o regulamento do Novo Mercado, uma mudança no segmento de listagem pode ser implementada caso não haja rejeição de mais de um terço das suas integrantes.

Mas vale lembrar que a “clawback” pode chegar ao Brasil por outra via. Tramita desde 2019, o projeto de lei (PL) 866, de autoria do senador Alessandro Vieira (atualmente no MDB). A proposta visa a alterar a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) para permitir que a pessoa jurídica recupere incentivos financeiros devidos ou pagos a dirigentes e administradores, em caso de atos cometidos contra a administração pública. O texto chegou a ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos, em 2021, e desde então aguarda relatoria no Senado Federal.

Seja pela via legislativa ou autorregulatória, cabe discutirmos a “clawback” com atenção. Reaver bônus ganhos ilicitamente exige um arcabouço regulatório eficiente, empresas capazes de identificar e punir fraudes, além de investidores de olhos bem abertos.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

Últimas Publicações

O futuro de São Paulo pós Reforma Tributária no Brasil
Holding: Governança Corporativa e a sua importância para Empresa Familiar
Adiamento da NR-1: nova data traz alívio, mas também muitos desafios para as empresas

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
STJ julga se cabe nova ação para devolução de juros sobre tarifa julgada ilegal
Descuido da vítima de golpe não exclui responsabilidade do banco, diz TJ-SP
Empresa usa precedentes falsos e leva multa por litigância de má-fé
Empresa deverá pagar pensão e indenização a supervisor de mergulho que sofreu acidente
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR