• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Carolina Monteiro  #Carollyne Bueno Molina  #Destaques  #Direito Civil  #Fernando Augusto de Nanuzi e Pavesi

Namoro e União Estável: você sabe a diferença?

9 de junho de 2021

É de extrema importância compreender a diferença entre namoro e união estável, vez que essa classificação traz implicações diretas em diversos aspectos às partes do relacionamento. Primeiramente, tem-se que a união estável, de acordo com o Código Civil brasileiro, equipara-se ao casamento regido pelo regime da comunhão parcial de bens – o mais comum entre os brasileiros –, ou seja, tudo aquilo que for adquirido na constância da união estável é de propriedade de ambos. Já o namoro, embora não possua regulamento específico, é um costume social e não implica na divisão de bens.

  Destarte, há juristas que o dividem em namoro simples e namoro qualificado. Assim, namoro simples é aquele eventual, não exposto, cujo parentes e amigos mal tem ciência da relação. Em compensação, o namoro qualificado assemelha-se à união estável, sendo relação continuada, duradoura, com apresentação à família, contudo sem perspectiva de estabelecer família, ainda que por enquanto. Em consequência, é difícil estabelecer a diferença entre a união estável e o namoro qualificado, sendo a maior diferença, na verdade, o objetivo de constituir família.[1]

 Em consonância com o que foi dito até agora, de acordo com o artigo 1.723 do Código Civil, a união estável é configurada através da convivência pública, contínua e duradoura, com fim de constituir família, com os mesmos direitos do casamento com regime de comunhão parcial de bens. Todavia, nada impede que um namoro se torne posteriormente uma união estável, como, aliás, normalmente ocorre. [2]

Para isso, é indispensável que exista o escopo das partes em formar família. Agora, o ponto nodal da questão é: como se provar esse requisito anímico? Se os conviventes celebram um contrato escrito ou declaram oral a intenção de constituir família, aí está a comprovação. Todavia, é comum que esse objetivo seja demonstrado por outros indícios informais no dia a dia, como quando o casal passa a dividir o mesmo teto, planeja ter filhos, tem uma relação contínua e duradoura. Ocorre que esses indícios não são objetivos e, por isso, devem ser analisados sob o contexto e intenção do casal, se é de namorar/se conhecer ou de constituir família.

Contudo, entende-se que o planejamento de constituí-la apenas futuramente não acarreta ao relacionamento o status de união estável. Em compensação, ainda que as partes possuam um contrato de namoro, caso haja desejo de formar família, o contrato perderá sua eficácia. Em resumo, o que determina se o relacionamento será namoro ou união estável são as características que o cercam, e não os documentos firmados pelas partes. [3]

Não se sabe quando, nem de que forma surgiu o contrato de namoro, entretanto, foi especialmente após a publicação da lei (nº 9.278/96), que afastou o prazo mínimo de 5 (cinco) anos de convivência para constatação de união estável. Diante desse cenário de ausência de um tempo determinado que garanta aos casais o afastamento da união estável, aumentou-se o anseio da sociedade em deixar clara a classificação que a relação possui, a vista de impedir a possibilidade de divisão de patrimônio com o companheiro. [4]

Isso significa que, na prática, a distinção entre namoro e união estável tem sua maior implicação em algo que muito preocupa os participantes da relação: os bens. Na união estável, encontram-se presentes as obrigações do casamento, como direito e dever de dividir os bens adquiridos durante o convívio, alimentos, etc. Por outro lado, o contrato de namoro é uma escritura pública que tende a resguardar o patrimônio individual do casal, ratificando a natureza da relação das partes, se o contrato descrever a relação de fato, não existirá possibilidade de em tempo futuro impugnarem a separação de bens, pensão, herança ou outros institutos que a união estável proporciona.


[1] CONTRATO DE NAMORO. Âmbito Jurídico, 2020. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/contrato-de-namoro-2/#:~:text=Neste%20tipo%20de%20namoro%20as,est%C3%A1vel%20e%20o%20namoro%20qualificado. Acesso em: 11.05.2021.

[2] MELLO ALMADA, Renato. Namoro ou união estável: como me prevenir? Migalhas de Peso, 2020. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/321499/namoro-ou-uniao-estavel–como-me-prevenir. Acesso em: 11.05.2021.

[3] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil, família, sucessões. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2012. vol. 5.

[4] MORENO Perea, Nayara. A presunção do esforço comum na união estável antes da lei 9.278/96. Jusbrasil, 2016. Disponível em: https://nayaraperea.jusbrasil.com.br/artigos/372873487/a-presuncao-do-esforco-comum-na-uniao-estavel-antes-da-lei-9278-96#:~:text=Uni%C3%A3o%20Est%C3%A1vel  ,A%20presun%C3%A7%C3%A3o%20do%20esfor%C3%A7o%20comum%20na,antes%20da%20lei%209.278%2F96&text=A%20primeira%20regulamenta%C3%A7%C3%A3o%20legal%20sobre,os%20indiv%C3%ADduos%20fossem%20considerados%20companheiros. Acesso em: 11.05.2021.

Este material foi elaborado para fins de informação e debate e não deve ser considerado uma opinião legal para qualquer operação ou negócio específico.

Fernando Pavesi (fernando@gomesaltimari.com.br)

Carollyne Molina (carollyne@gomesaltimari.com.br)

Carolina Monteiro (carolina@gomesaltimari.com.br)

Últimas Publicações

Nova decisão do STJ: CDC não se aplica à relação com empresas de cartões
Prova técnica x redes sociais: TST define prevalência do laudo pericial
Infraestrutura digital ganha incentivo: MP cria regime especial de tributação para datacenters

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
STJ determina repasse de lucros de empresas a ex-cônjuges até pagamento de valores de partilha ou indenização
STF afasta validade de norma estadual de MS que restringia inclusão de recém-nascido em plano de saúde
Holding, Sucessão Empresarial e Reforma Tributária – Desafios que vão além do Jurídico
Direitos Autorais x IA: O Que Sua Empresa Precisa Saber Agora
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR