• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito Desportivo  #Notícias

Justiça reconhece vínculo trabalhista de jogadora com clube paranaense que se dizia amador

11 de outubro de 2021

Na última sexta-feira (1), o futebol feminino conquistou uma importante decisão favorável na Justiça. O juiz Daniel Correa Polak, 3ª Vara do Trabalho de Foz do Iguaçu, deferiu em parte o pedido de uma jogadora que pedia o reconhecimento e declaração do vínculo de emprego com o Foz Cataratas FC, clube pelo qual atuou entre 1 de outubro de 2020 a 31 de janeiro de 2021.

O caso foi parar na Justiça porque o clube, que se diz ‘não-profissional’, não considerava a jogadora como atleta profissional, mas sim como uma prestadora de serviço autônoma.

O magistrado levou em consideração o artigo 3º, § 1º, inciso II, da Lei 9.615/1998 (Lei Pelé), que “o desporto esportivo realizado de modo não profissional é identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de contrato de trabalho, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de patrocínio”.

Sendo assim, o que difere o atleta profissional e o amador é justamente a liberdade de prática do esporte. No caso, o magistrado ressaltou que a jogadora não poderia escolher em fazer ou deixar de fazer as atividades determinadas pela comissão técnica do clube, como a obrigação de participar de jogos e treinos.

Para Higor Maffei Bellini, advogado especializado em direito desportivo, essa é “mais uma importante decisão da Justiça do Trabalho em relação a igualdade de tratamento envolvendo as mulheres”.

“A sentença revela que o futebol feminino, deve ser tratado como sempre foi, como sendo gerador de vínculo trabalhista, já que as atletas recebem salários para jogar, em valores que são utilizados para pagar as suas contas e de suas famílias, sendo fontes de renda. O fato das equipes se apresentarem como sendo amadoras, não impedem o reconhecimento do vínculo trabalhista das atletas com os clubes, uma vez que, a CLT é quem estabelece os critérios no Brasil, para a existência de um vínculo de emprego”, avalia.

“A Lei Pelé estabelece que o desporto não-profissional será identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de contrato de trabalho, sendo permitido o recebimento de incentivos. Entretanto, inexistem contratos com cláusulas absolutas. No caso concreto é necessário analisar a razoabilidade e a proporcionalidade, uma vez que a relação jurídica das partes não será afetada pelo termo ‘não-profissional’, mas sim pelo preenchimento dos elementos que caracterizam o vínculo de emprego. Ademais, a atleta demostrou a falta de liberdade para a prática do desporto, na contramão do próprio artigo da Lei 9615/98”, explica Débora Ferrareze, advogado especialista em direito trabalhista.

“No caso concreto, restou plenamente demonstrado nos autos que a reclamante não detinha liberdade para definir seus treinamentos, preparação física e as partidas de futebol/competições das quais participava, sujeitando-se necessariamente às ordens e regras impostas pelo clube, fatores suficientes a afastar a tese patronal de que a demandante era atleta amadora, devendo ser considerada como atleta profissional, ainda que ausente a celebração do contrato de trabalho, requisito meramente formal”, declarou Daniel Correa, que completou.

“Não bastasse a ausência de prova nos autos acerca da liberdade da reclamante em definir a rotina inerente a sua pratica desportiva, elegendo por conta própria os treinamentos e partidas/competições em que participaria, o artigo 43 da Lei 9.615/1998 estabelece que ‘é vedada a participação em competições desportivas profissionais de atletas não-profissionais com idade superior a vinte anos’, sendo comprovado nos autos que a demandante, com 23 anos (fl. 215), disputou partidas do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, competição promovida pela Confederação Brasileira de Futebol, defendo o clube Foz Cataratas FC, vinculado à primeira ré, reforçando ainda mais a tese de que não era atleta amadora”.

O advogado Higor Maffei Bellini ainda ressalta que “pela CBF, e consequentemente pela Fifa, é profissional todo atleta que ganha jogando futebol, mais do que ele gasta para jogar”.

Com a decisão, a equipe paranaense será obrigada a fazer a anotação do contrato de trabalho na carteira de trabalho da jogadora, que passa a ser reconhecida como empregada da equipe no ano de 2020, quando a equipe disputou o campeonato brasileiro feminino da série A2. Além disso, a atleta passou a ter direito também a receber ainda como parte da remuneração o valor do alojamento, reconhecido como salário in natura, para efeito de cálculo das verbas rescisórias, bem como do valor da indenização relativa ao seguro obrigatório para casos de acidentes.

Fonte: https://leiemcampo.com.br/justica-reconhece-vinculo-trabalhista-de-jogadora-com-clube-paranaense-que-se-dizia-amador/. Acesso em: 06/10/2021.

Últimas Publicações

Holding: Governança Corporativa e a sua importância para Empresa Familiar
Adiamento da NR-1: nova data traz alívio, mas também muitos desafios para as empresas
STJ julga se cabe nova ação para devolução de juros sobre tarifa julgada ilegal

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
STJ julga se cabe nova ação para devolução de juros sobre tarifa julgada ilegal
Descuido da vítima de golpe não exclui responsabilidade do banco, diz TJ-SP
Empresa usa precedentes falsos e leva multa por litigância de má-fé
Empresa deverá pagar pensão e indenização a supervisor de mergulho que sofreu acidente
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR