• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito do Consumidor  #Notícias

Instituições financeiras são condenadas a indenizar consumidora idosa vítima de golpe da falsa central telefônica

29 de agosto de 2025

A Justiça de São Vicente (SP) determinou que as instituições financeiras devolvam mais de R$ 33 mil à aposentada. Esse é o valor subtraído pelos estelionatários, além da indenização de R$ 5 mil.

A Justiça de São Vicente, no litoral de São Paulo, condenou três bancos a indenizarem uma idosa de 78 anos, que caiu em um golpe da falsa central telefônica. Na decisão em 1ª instância, o juiz Fernando Eduardo Diegues Diniz determinou que as instituições financeiras devolvam mais de R$ 33 mil à aposentada, referente ao valor subtraído pelos estelionatários, além de uma indenização de R$ 5 mil.

Cabe recurso a decisão. O golpe ocorreu em 8 de março de 2023, quando os criminosos ligaram à aposentada informando que o cartão de crédito dela havia sido clonado e perguntando se ela fez compras em uma loja de gesso em Guarujá. Na ocasião, a vítima negou e pediu para que o cancelamento fosse realizado.

No entanto, ela foi informada que para que fosse cancelado, teria que cortar o cartão de crédito ao meio e entregá-lo, junto ao celular dela, para um funcionário que retiraria na casa dela, no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente. A promessa foi de que ela receberia novos cartões.

O advogado Fabricio Posocco, que defende a aposentada, contou que a vítima teve R$ 23.181,23, subtraídos indevidamente da conta da correntista pelos estelionatários, sendo R$ 8.643 no cartão do Banco Itaú, R$ 7.590 no do Carrefour e R$ 6.947 no do Bradescard. Além disso, segundo o advogado, o Banco Itaú obrigou a aposentada a fazer um empréstimo de R$ 10 mil para cobrir o saldo da conta bancária, que ficou negativo diante da fraude. Segundo ele, as instituições alegaram que o golpe ocorreu em ambiente externo às agências.

“Os bancos basicamente alegaram que ela tinha caído no golpe pelo telefone, feito tudo por ela mesma, atendido a questão dos golpistas e que a responsabilidade era toda dela, que não tinham nada a ver com a história”, explicou Posocco.

No entanto, a defensa conseguiu evidências de que os bancos não guardaram os dados da aposentada de forma correta, já que os estelionatários sabiam informações das últimas operações dela, CPFL, nome da mãe, conta do banco e nome do gerente. Posocco explicou que a defesa mostrou que 21 operações foram realizadas em um estabelecimento específico: “Não funcionou esse mecanismo de segurança do banco em relação às compras do perfil do cliente”.

Segundo o advogado, foi solicitado que o banco demonstrasse especificamente os horários das operações realizadas, mas que as instituições não apresentaram provas. “O que realmente corroborou a ideia de que as compras foram, na verdade, realizadas de maneira fraudulenta”. Ao g1, a vítima contou que após perceber que havia caído em um golpe ficou nervosa.

Sentença

Na decisão de 19 de julho, o juiz Fernando Eduardo Diegues Diniz afirmou que, de alguma forma, os criminosos sabiam do endereço e telefone da vítima, bem como a condição de titular de cartões de crédito, o que sugere que houve descuido na guarda dos dados sigilosos pelos administradores.

“A autora foi ludibriada por terceiros e, de certa forma, concorreu à ocorrência dos fatos. Contudo, os réus dispunham ou deveriam dispor, conforme exaustivamente destacado -, de meios para evitar a ocorrência da fraude”, afirmou Diniz. A aposentada contou que se sente aliviada com a decisão do juiz, pois teve que fazer empréstimo para pagar a conta que não havia feito.

“Estou feliz que resolveu porque posso não ter estudado, mas não sou desonesta, e quando falei que não tinha feito compra nenhuma, o banco não acreditou em mim”. Posocco afirmou que o magistrado foi “extremamente sensível” em relação ao caso, reconhecendo exatamente todos os prejuízos que a idosa teve, determinando o cancelamento desses prejuízos e a devolução dos valores.

Para o advogado, a situação se mostra importante porque o direito da aposentada foi reconhecimento diante de uma falha grande dos bancos. O que dizem os bancos? Em nota, o banco Carrefour informou que adotará as medidas cabíveis, incluindo o cancelamento das cobranças relacionadas ao caso.

A instituição reforçou que cumprirá integralmente a decisão judicial definitiva, respeitando todos os trâmites legais. Procurado, o banco Bradesco informou que se trata de uma ação externa, na qual golpistas se passam por funcionários de instituições financeiras e induzem o cliente a realizar transações ou procedimentos nos próprios dispositivos, sem perceber que está sendo vítima de golpe.

Segundo o Bradesco, por questões de sigilo bancário, o caso é tratado diretamente com a cliente, e afirmou que nem a BIA (Bradesco Inteligência Artificial), nem o banco realizam ligações solicitando senhas, chaves de segurança, instalação de aplicativos para inspeção ou limpeza remota, ou acesso ao aplicativo para realização de transações.

A instituição reforçou, ainda, que qualquer mensagem suspeita pode ser encaminhada ao canal de denúncias: evidencia@bradesco.com.br, que realiza a avaliação e, quando necessário, aciona as operadoras de telefonia para desabilitar números que estejam se passando pelo banco.

O banco Itaú disse, em nota, que tem como valor central o compromisso com a satisfação dos clientes e, por isso, está sempre atento às necessidades e oportunidades de melhoria em seus produtos e serviços. Sobre o caso, o banco informou que aguarda decisão final do processo, que se encontra em andamento.

Fonte: G1

Últimas Publicações

Nova decisão do STJ: CDC não se aplica à relação com empresas de cartões
Prova técnica x redes sociais: TST define prevalência do laudo pericial
Infraestrutura digital ganha incentivo: MP cria regime especial de tributação para datacenters

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Nova decisão do STJ: CDC não se aplica à relação com empresas de cartões
Prova técnica x redes sociais: TST define prevalência do laudo pericial
Infraestrutura digital ganha incentivo: MP cria regime especial de tributação para datacenters
Carbono Oculto: como falhas de governança ainda geram riscos legais para empresas
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR