• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito Tributário  #Notícias

Huawei perde processo de R$ 1 bilhão no Carf

1 de outubro de 2019

A gigante chinesa de tecnologia Huawei perdeu processo que soma, em valores atualizados, R$ 1,07 bilhão. O julgamento ocorreu na última quinta-feira (26/9) no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e ainda cabe recurso à Câmara Superior do tribunal administrativo.

A empresa foi acusada pela Receita Federal de interposição fraudulenta, ou seja, de ter feito importações simuladas entre o Brasil e a China usando uma empresa importadora, nos anos de 2004 a 2006. De acordo com a Receita, a Huawei Brasil era a verdadeira importadora da mercadoria e se omitiu usando a trading SAB Company para trazer bens da Huawei chinesa para o Brasil.

Segundo a fiscalização, a SAB deveria ter indicado o nome da Huawei Brasil nos documentos de importação, uma vez que a totalidade da mercadoria era destinada a ela. A legislação brasileira determina que é preciso indicar quem é o real adquirente dos produtos para que o país possa manter o controle aduaneiro.

Além disso, no auto de infração, a Receita entendeu que houve quebra na cadeia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), já que ao ocultar o real destinatário da importação, apenas a SAB recolheu o tributo. O Código Tributário Nacional prevê a incidência de IPI sobre produtos industrializados importados. Ou seja, a Huawei também deveria ter recolhido o tributo.

No Carf, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) defendeu que era a Huawei Brasil quem negociava diretamente com a companhia chinesa. Em sustentação oral, o procurador da Fazenda Fabrício Sarmanho ressaltou provas que demonstrariam a relação das empresas. Uma delas seria o fato de que o contrato firmado entre a Huawei e a SAB previa que a Huawei brasileira forneceria à SAB pedidos já contendo dados da fatura internacional. Assim, questões como quantidades, preços e fornecedor eram negociadas previamente entre a empresa brasileira e a chinesa. Na análise da PGFN, a Huawei não encaminhava à SAB pedido de mercadorias, mas sim ordens de desembaraço e nacionalização.

A Fazenda Nacional trouxe ainda como provas o fato de a Huawei assumir todos os riscos da operação de importação, como, por exemplo, a variação cambial e o seguro do transporte da mercadoria da China para o Brasil. Além disso, afirmou que o preço da mercadoria vendida da SAB para a Huawei era praticamente de custo.

A procuradoria defendeu ainda a responsabilidade solidária da Huawei e da SAB no processo. “Não há nada fugindo de roteiro de interposição fraudulenta: mercadoria vendida praticamente a preço de custo, contrato de ressarcimento com juros e seguro de transporte pago pela Huawei”, disse o procurador Fabrício Sarmanho durante a sustentação oral.

Defesa

A defesa das empresas foi feita pelo advogado Hugo Funaro, do escritório Dias de Souza Advogados. Entre os argumentos trazidos pelas empresas estava o de que não houve ocultação da real compradora dos produtos importados, pois a operação foi realizada por conta da própria SAB Company, inclusive utilizando recursos próprios.

Além disso, Funaro sustentou que não houve fraude e simulação porque o contrato traduzia a real operação praticada. Por fim, alegou que, em caso de responsabilização, ela deveria ficar restrita à SAB.

“Não houve fraude ou simulação que autorizasse a pena de perdimento. Quando muito, teria havido divergência de interpretação da legislação, tornando desproporcional a penalidade máxima do direito aduaneiro”, disse o advogado durante a sustentação oral.

Resultado

A relatora do caso, conselheira Maysa de Sá Pittondo Deligne, entendeu que houve a interposição fraudulenta. Para ela, os contratos mostram que as negociações de importação eram feitas diretamente entre a Huawei Brasil e a chinesa. Ela lembrou ainda que 96% da Huawei brasileira pertence à Huawei chinesa.

A relatora destacou que os preços de custo e os seguros do transporte da mercadoria evidenciam que a real importadora era a Huawei, por isso, a penalidade serve para as duas empresas. O entendimento da relatora foi acompanhado pela unanimidade dos conselheiros presentes.

“Todas as negociações tratadas no exterior eram realizadas pela Huawei e não pela SAB. Os pedidos de importação eram realizados pela Huawei, que delineava como deveria ser tratada a importação, sendo que o pedido era aceito ou não pela SAB, inclusive com previsão de aceitação tácita”, informou a relatora durante a defesa do seu voto.

No fim do julgamento, o advogado da Huawei e da SAB informou que vai aguardar a publicação do acórdão para analisar qual recurso deverá ser adotado.

Fonte: Flávia Maia – JOTA. Acesso em: 27/09/2019

Últimas Publicações

Justiça Federal anula registro de desenho industrial de modelo clássico da Grendene
INPI atualiza Tabela de Retribuições: entenda os impactos e como se preparar para as novas taxas a partir de agosto de 2025
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ
Condomínio e construtora indenizarão criança por acidente em escada de piscina
Juíza de MT aceita pedido de recuperação judicial do Grupo Safras
Troca equivocada de termos não compromete validade da petição inicial
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR