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Gomes Altimari Advogados
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#Governança Corporativa  #Notícias

Financiamento é a principal ‘dor’ de startups de impacto

26 de abril de 2024

As dificuldades na mobilidade e transporte entre os municípios da região amazônica inspirou mestrandos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), a criarem a startup Aeroriver. Ao concluírem o mestrado no ITA, Lucas Guimarães, Felipe Bortolete e Tulio Silva criaram, em 2021, o projeto do primeiro veículo de “efeito solo” do Brasil. Na prática, trata-se de um barco com capacidade de voar sobre os rios da região com uma velocidade de 150 km/hora, transportando até 10 passageiros ou uma tonelada de carga.

Com potencial de resolver o problema de transporte da população amazônica, uma vez que o custo do veículo é 40% mais barato do que um avião, a Aeroriver ainda precisa captar R$ 10 milhões. O valor foi calculado para que o primeiro Volitan, nome dado ao barco voador, esteja pronto no início de 2026.

Em Goiás, o engenheiro agrônomo Samuel Amorim, fundou em 2023 a startup Anakainosis, para desenvolver uma nova forma de transformar os resíduos sólidos em adubo orgânico, a partir de uma tecnologia de biocatálise Db2e. A solução faz a transformação em três horas – processos tradicionais para a produção desse tipo de adubo podem levar mais de uma semana.

Embora tenha captado R$ 60 mil do Programa Centelha, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a Anakainosis, palavra originária do grego que remete a um novo olhar para uma questão, ainda não encontrou a fórmula perfeita para atrair investimentos. Amorim sente dificuldade de acessar investidores, por falta de formação adequada para construir esse diálogo.

Já Guimarães, da Aeroriver, ressalta o desafio de atrair investidores dispostos a aportar uma quantia maior em projetos em que o retorno não será tão rápido, como é o caso do Volitan. Com tecnologias consideradas de ponta, a Aeroriver e a Anakainosis têm mais elementos em comum, além de serem classificadas como startups de impacto, negócios que nascem com a intenção clara de endereçar um problema socioambiental.

Os dois empreendimentos exemplificam o maior desafio apontado pelo estudo “Startups de Impacto Report Brasil 2023”, elaborado pelo Observatório Sebrae Startups: acesso a financiamento e capital. As duas startups integram o levantamento realizado pela primeira vez no país. Foram observados no total 408 negócios inovadores de impacto socioambiental em todas as regiões do Brasil durante 2023.

O estudo revela ainda que 36% desse tipo de negócio estão baseados na região Norte, onde está a maior concentração de startups de impacto. Roraima e Amapá apresentam, pelo menos, 50 startups de impacto por habitante. Já o eixo Sudeste tem apenas duas por habitante.

Cristina Mieko, gestora de Startups do Sebrae Nacional, conta que o estudo é fundamental para entender o perfil das startups de impacto no país e poder direcionar as melhores oportunidades para garantir o crescimento sustentável desses negócios. “Queríamos descobrir o perfil das empresas e suas necessidades, porque vínhamos trabalhando com companhias de base digital e percebemos que muitos empreendedores que trabalham com a questão da sustentabilidade social, e atendem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, não se reconhecem como startups de impacto”, diz.

Um dos gargalos para o caminho do financiamento é a ausência de métricas bem definidas e alinhadas aos requisitos de governança. O Sebrae apurou que 65% das startups de impacto possuem processos direcionados para mensuração de impacto socioambiental. Mieko destaca que as métricas são cruciais para que as startups obtenham certificações e possam acessar investimentos, como no mercado europeu, por exemplo.

“As métricas de uma empresa de impacto são diferentes de uma fintech, por exemplo. Elas precisam apontar a abrangência do impacto causado por elas. Isso a princípio pode não ser levado em conta no capital social, mas é o que vai dar corpo à startup mais adiante”, reforça o neurocientista e professor Leandro Mattos, que fundou com Andressa Roveda a startup CogniSigns.

“Empreendedores que trabalham com sustentabilidade social não se reconhecem como startups de impacto” — Cristina Mieko

Também mapeada pelo estudo do Sebrae, a CogniSigns desenvolveu um chatbot que pode ser usado por professores de Ensino Básico para identificar crianças e adolescentes com sinais comportamentais do Transtorno do Espectro Autista, portadores e múltiplas inteligências, superdotação e saúde mental (estresse, ansiedade e depressão).

Diretor de crescimento (CGO) do fundo de investimento em corporate venture capital (CVC) Maritaca, Daniel Pisano, destaca que não abre mão da governança dos dados nas empresas investidas. Isso é determinante, inclusive, para ele decidir alocar ou não recursos. “A governança e a rastreabilidade dos dados são inegociáveis”, diz.

Baseado na Holanda, o fundo Maritaca direciona investimentos de empresas intensivas em emissões do Norte da Europa para projetos na América do Sul focados em energia renovável, mudanças climáticas e impacto social. A contrapartida para as empresas liberarem o dinheiro é justamente a rastreabilidade dos dados, com métricas de impacto bem reportadas, afirma Pisano, que também é cofundador da Vurdere, plataforma de soluções para e-commerce.

Artur Faria, CEO do Oxygea, veículo de CVC e Corporate Venture Building (CVB), com US$ 150 milhões para investir em startups com foco em sustentabilidade e indústria 4.0, observa que outra dificuldade frequente dos negócios de impacto é comprovar que resolvem uma “dor” do mercado. “Há uma diferença entre dor e problema. Muitas só resolvem um problema, enquanto a dor representa um custo adicional que o mercado quer eliminar. Se a startup de impacto comprovar ter condições de resolver a dor, o caminho do financiamento fica mais fácil”, afirma.

No dia a dia com as startups, Faria percebe que a maioria, “90% delas”, não tem conteúdo tecnológico para se qualificar em programas de financiamento, inclusive do governo, como Finep e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). “Parte do nosso trabalho junto às startups é ajudá-las a captar financiamento, porque são poucos os fundos no Brasil que têm a questão do impacto em sua tese”, ressalta.

A Fundação Dom Cabral também tem se dedicado, nos últimos quatro anos, a investigar o comportamento de empresas e empreendedores de impacto social. A fundação está desenvolvendo o Selo iImpact, com o objetivo de reconhecer as melhores práticas geradoras de impacto positivo.

A base de dados da FDC, que apresenta mais de 2.380 empreendedores sociais de 25 países, tem sido utilizada para gerar levantamentos sobre essas startups. Um dos dados mais recentes analisou as energytechs, que se dedicam a promover transformações na matriz energética. Segundo a FDC, nove em dez energytechs são negócios considerados conscientes, buscando propósito para além do lucro e com gestão mais humanizada. Cerca de 80% delas impactam positivamente mais de 100 pessoas.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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