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Gomes Altimari Advogados
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#Governança Corporativa  #Notícias

Diante da ameaça climática, empresas e investidores começam a se ‘mexer’. Mas riscos avançam mais rápido

17 de setembro de 2024

“À medida que o mundo enfrenta os efeitos crescentes das mudanças climáticas, os mercados financeiros e os setores precisam agir.” Foi assim que a área de análise da XP justificou por que as pessoas deveriam ler o mais novo relatório sobre ESG, o “A imediata – e crescente – ameaça climática”. O documento, de 26 páginas, traz um completo panorama dos riscos iminentes para as empresas e, consequentemente, aos investidores que apostam dinheiro nas companhias.

Para Marcella Ungaretti, head de Research ESG da XP, o nível de entendimento das empresas sobre os riscos climáticos vem evoluindo ao longo do tempo, com um maior número de companhias preocupadas em identificar e mapear os riscos climáticos e seus potenciais impactos em ativos físicos e estratégias de negócios. A frequência cada vez maior de eventos climáticos extremos nos últimos anos entrou no radar.

O documento cita, por exemplo, mais de 400 desastres naturais foram registrados globalmente apenas em 2023 e que um aumento aproximado de 1ºC na temperatura global será suficiente para intensificar ondas de calor extremas, causar inundações repentinas, incêndios florestais e secas mais severas, além de impactar níveis de água nos mares e padrões de chuva, lembrando documento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Os eventos climáticos deste ano, como as chuvas intensas no Rio Grande do Sul, a seca na Amazônia e os incêndios no Pantanal e na Amazônia, tiveram, certamente, impacto no engajamento das empresas e investidores com a agenda climática. Esses eventos não só causaram danos diretos às operações empresariais, como também elevaram a conscientização sobre a importância da gestão de riscos climáticos.

O aumento dos custos operacionais, as interrupções nas cadeias de suprimento, os danos às infraestruturas, o impacto na oferta e demanda por produtos e serviços, além de efeitos na própria força de trabalho e os riscos reputacionais são alguns dos efeitos que têm levado empresas e investidores a priorizar a resiliência e a sustentabilidade em suas estratégias.

“De forma geral, estamos vendo a gestão de riscos climáticos se tornando uma crescente prioridade, a fim de mitigar riscos financeiros, sociais e reputacionais, além de garantir a resiliência e a sustentabilidade a longo prazo das operações e dos investimentos. Embora o caminho adiante seja longo, as companhias estão avançando na direção certa”, afirma.

Não à toa, destaca, o Relatório de Risco Global do Fórum Econômico Mundial para 2024 classificou os eventos climáticos extremos como o segundo risco mais significativo em dois anos e o primeiro no horizonte de 10 anos.

Mas as consequências para as empresas e, consequentemente seus acionistas, vão além. Para a Organização Mundial de Trabalho (OIT), 2,4 bilhões de pessoas – 70% da força de trabalho global – estão sob alto risco de calor extremo. Considerando que o calor excessivo foi responsável por causar cerca de 23 milhões de lesões no trabalho em todo o mundo e cerca de 18 mil mortes anualmente, é algo que as companhias terão de se preocupar e colocar na conta de riscos.

E, por ora, o fluxo climático ainda não chega no volume necessário a projetos de mitigação e adaptação climática – mesmo dobrando em dois anos (para US$ 1,4 trilhão em 2021), ainda está aquém do estimado (US$ 387 bilhões por ano). Segundo a S&P, menos de 8% do financiamento é destinado à adaptação. Ainda de acordo com a agência de classificação de risco, apenas 20% das empresas têm plano de adaptação aos impactos físicos das mudanças climáticas e, dessas, apenas 35% começaram a implementar a estratégia ou esperam fazê-la nos próximos 10 anos. Outras pesquisas apontam em direção semelhante.

O relatório da XP destaca, porém, que “o ritmo das medidas de adaptação está prestes a acelerar”. Mas tal esforço virá com desafios.

“Contudo, se por um lado vemos mais companhias buscando integrar riscos climáticos em seus modelos de negócios, por outro, ainda há muito questionamento em relação a como efetivamente fazer essa integração e como melhor se preparar para lidar com esses impactos no curto prazo”, comenta Ungaretti.

Entre as barreiras estão a falta de clareza sobre o que deve ser priorizado; falta de uma avaliação abrangente dos riscos nas cadeias de valor (com foco predominante nas operações internas); disponibilidade limitada de dados precisos e dificuldade em integrar modelos climáticos com financeiros; e dificuldades para acessar a combinação diversificada de habilidades e colaborações necessárias para projetos de adaptação bem-sucedidos, de acordo com o relatório da XP Research.

Riscos setoriais

O documento traz uma avaliação ampla da exposição de diferentes setores aos riscos climáticos, como uma forma de chamar a atenção de investidores para incorporarem também essas variáveis de risco em suas análises.

Diversos setores estão respondendo de maneiras distintas às ameaças climáticas. Os setores de Papel e Celulose, Agronegócio, Alimentação e Bebidas, e Mineração e Siderurgia, por exemplo, são altamente expostos a riscos físicos como secas, inundações e incêndios florestais, que podem interromper operações e danificar recursos essenciais.

Já os setores de Óleo e Gás, Transportes e também o de Mineração e Siderurgia são mais vulneráveis aos riscos de transição, como a substituição por fontes alternativas de energia e a precificação de carbono, discussão que avançou em alguns países, como os da União Europeia.

O setor de seguros certamente é um dos que mais sentirá os efeitos do clima. Segundo relatório da Aon, ps desastres naturais ao redor do mundo já acarretaram perdas de US$ 313 bilhões em 2022. Desse montante, as seguradoras e resseguradoras só cobriram 42% das perdas.

“Muitas organizações estão contando com a cobertura de seguros na gestão de perdas e danos. No entanto, a frequência cada vez maior de eventos climáticos extremos está elevando o custo do seguro”, aponta o relatório do time de research da XP. Em alguns lugares é até esperado que a contratação dos seguros fique inacessível ou indisponível. “Como referência, estamos notando um aumento significativo no custo do seguro, especialmente em áreas que frequentemente sofrem perdas climáticas, impactando a capacidade das empresas de manter os seguros acordados”, diz.

Embora esses desafios não sejam exatamente uma novidade, a intensidade e a frequência desses riscos estão pressionando setores específicos a se adaptarem mais rapidamente.

Setor financeiro

A pressão por mudanças não se limita, porém, às empresas. O setor financeiro também está cada vez mais atento aos riscos climáticos, conforme evidenciado pelo Relatório de Estabilidade Financeira divulgado pelo Banco Central do Brasil.

No documento, publicado no ano passado, a autoridade monetária deixa claro que as instituições financeiras precisam integrar a gestão de riscos climáticos no processo decisório de alocação e gestão da carteira de crédito, especialmente para evitar risco de inadimplência. A preocupação é que a concentração em setores que usam intensamente recursos naturais pode, em um cenário extremo, ameaçar a estabilidade de longo prazo do sistema financeiro do país.

“Nesse sentido, quando o tema é clima, vemos o setor financeiro cada vez mais preocupado em avaliar seu nível de impacto, ao mesmo tempo em que ampliar a forma com que avaliam as carteiras de crédito, especialmente considerando a crescente pressão dos investidores para melhoria da gestão do risco climático”, comenta a especialista.

Pressão de Investidores e Reguladores

Outra fonte importante de pressão vem da legislação. Buscando aumentar o rol de informações que as companhias abertas precisam divulgar sobre ESG, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), passou a cobrar (Resolução nº 59) a inclusão de alguns dados, inclusive climáticos, nos Formulários de Referência. A partir de 2026, também passará a exigir o cumprimento de normas contábeis internacionais ESG (IFRS S1 e S2). O próprio Banco Central também já pede que as instituições financeiras publiquem o Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos com informações sobre o assunto.

Essas novas regras também auxiliam investidores a tomarem melhores decisões, ou, pelo menos, ter acesso a mais dados para fazer seus cálculos. Segundo Ungaretti, apesar de ser perceptível uma crescente demanda de investidores por maior transparência e divulgação sobre como as empresas estão lidando com esses riscos, a incerteza sobre a melhor forma de avaliar a resiliência e os planos de adaptação das empresas dificulta a integração de informações climáticas no processo de investimento.

“Embora os investidores estejam cada vez mais buscando precificar e incorporar esses riscos, quantificar efetivamente seu impacto nas ações das companhias continua sendo um desafio”, diz.

Investidores interessados em ações e títulos corporativos devem, segundo Ungaretti, questionar as empresas sobre a identificação e gestão de riscos climáticos, os planos de adaptação e mitigação, e as metas estabelecidas para o curto, médio e longo prazo. A Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras (TCFD) oferece diretrizes valiosas para essas avaliações ao ter recomendações para melhorar a estrutura de relatórios para riscos climáticos.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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