• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito Desportivo  #Notícias

CBF e Federação Paulista conseguem afastar condenação de R$ 24 milhões por “Máfia do Apito”

3 de novembro de 2020

A 3ª turma do STJ excluiu condenação por dano moral coletivo contra a CBF e a Federação Paulista de Futebol pelos eventos decorrentes da chamada “Máfia do Apito”, esquema de árbitros que fraudou o resultado de partidas dos campeonatos brasileiro e paulista, em 2005.

O TJ/SP havia fixado a condenação da CBF em R$ 20 mi e a condenação da Federação Paulista de Futebol em R$ 4 mi, além de condenar, também, os árbitros envolvidos, no bojo de ação civil pública do MP/SP.

A decisão da turma foi por maioria de votos, vencidos Nancy Andrighi e Sanseverino. Os ministros Moura Ribeiro e Marco Aurélio Bellizze acompanharam o relator, ministro Ricardo Cueva.

Ausência de dano moral coletivo

Conforme o relator, não estaria configurado o dano moral coletivo passível de indenização porque “não se antevê tamanha lesão à esfera patrimonial dos torcedores”. S. Exa. ressaltou que as adversidades sofridas por expectadores de modalidade esportiva até podem causar aborrecimentos, dissabores, contratempos, que vêm a desaparecer com o tempo, mas não interferem no bem estar.

“O dano moral coletivo, compreendido como resultado de uma lesão à esfera extrapatrimonial, ocorre quando a conduta agride, de modo totalmente injusto e intolerável o ordenamento jurídico dos valores éticos fundamentais da sociedade em si considerada, a provocar repulsa e indignação na consciência coletiva.

Não basta mera infringência à lei ou contrato para caracterização do dano moral coletivo, é essencial que o ato praticado atinja alto grau de reprovabilidade e transborde os lindes do individualismo afetando, por sua gravidade, o círculo primordial de valores sociais.”

O relator recordou que os jogos fraudados foram anulados e novas partidas foram realizadas. Para Cueva, no meio futebolístico, os danos morais coletivos estariam configurados, por exemplo, em casos de violência praticados nos estádios que “causassem verdadeiro sentimento de temor”, a ponto de impedir o comparecimento dos torcedores por falta de segurança, “ou mesmo no caso de fraude generalizada envolvendo árbitros, jogadores, dirigentes etc., capaz de quebrar substancialmente a confiança da torcida na lisura dos campeonatos”.

“Em dado momento, tanto a sentença como o acórdão recorrido invocam a paixão do brasileiro pelo futebol para fundamentar o abalo sofrido pelos torcedores e a respectiva necessidade de reparação do dano moral coletivo. Todavia, é justamente a paixão pelo futebol que impede o torcedor médio de se abater com situações como a dos autos e que o encoraja a seguir torcendo pelo seu time do coração.”

Ao reforçar o entendimento na sessão desta terça-feira, 27, Cueva afirmou que apesar da gravidade dos fatos e da quebra da confiança na credibilidade dos jogos, “não me pareceu ser o caso de caracterização de dano moral coletivo”.

“Não se tratou de fraude generalizada, de abalo sistêmico nos campeonatos, tanto que continuaram a existir, as pessoas continuaram a fluir aos estádios. É um episódio lamentável, censurável por todos os lados, mas meu receio é que, se nós vulgarizarmos o dano moral coletivo, teríamos que expandir essas hipóteses para outras situações em que não caracterizado.”

Corrente vencida

A divergência no julgamento foi inaugurada pela ministra Nancy, que em voto-vista reconheceu não apenas o dano moral coletivo como também a responsabilidade solidária das entidades esportivas.

Segundo a ministra, a derrota de time de futebol, ainda que atribuída a erro de arbitragem, não é apta, por si só, para causar sofrimento intenso ao torcedor médio, violando sua esfera de subjetividade e valores inerentes à sua personalidade, a ponto de causar dano moral.

Mas lembrando a importância do futebol, enquanto fenômeno cultural na sociedade brasileira (“indiscutivelmente uma paixão nacional”), Nancy  afirmou que “neste contexto a fraude ganha relevo e destaque”.

“A manipulação dos resultados dos jogos da partida do campeonato brasileiro e paulista de 2005 viola a lisura e moralidade que se esperam no âmbito do desporto e das atividades de interesse público em geral. (…) O arbitramento das partidas com parcialidade para obter vantagens indevidas quebra a legítima expectativa dos torcedores e da sociedade em geral que o resultado reflita o mérito em campo.”

A ministra destacou que é possível responsabilização do fornecedor independentemente de culpa quando verificado que do produto posto em circulação ou do serviço prestado decorreu dano ao consumidor, mesmo que do plano fático não seja evidente eventual dano ou falha ou erro de conduta atribuível ao fornecedor.

“Não há se perquirir se houve ou não erro de conduta, nascendo o dever de indenizar da conversão do risco em abstrato em prejuízo concreto sofrido pelos torcedores, que no caso corresponde ao aviltamento da consciência coletiva, decorre do falseamento dos resultados.”

De acordo com a ministra, um dos aspectos mais relevantes não foi observado: a fiel correspondência do resultado dos certames e a performance dos participantes.

“A arbitragem é um dos elementos essenciais que compõe as competições, inserindo-se na cadeia de produção e riscos inerentes à atividade econômica de exploração de eventos esportivos. Ainda que as entidades não tenham participado do evento corrupto ou mesmo que não tivessem conhecimento de sua existência, devem responder solidariamente pelo dano moral coletivo.”

O ministro Sanseverino, ao seguir a divergência, ressaltou que “foi um fato extremamente grave”, que “coloca em dúvida toda a lisura dos certames”.

Processo: REsp 1.664.186

Fonte: Migalhas. Acesso em: 27/10/2020.

Últimas Publicações

Justiça Federal anula registro de desenho industrial de modelo clássico da Grendene
INPI atualiza Tabela de Retribuições: entenda os impactos e como se preparar para as novas taxas a partir de agosto de 2025
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ
Condomínio e construtora indenizarão criança por acidente em escada de piscina
Juíza de MT aceita pedido de recuperação judicial do Grupo Safras
Troca equivocada de termos não compromete validade da petição inicial
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR