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Gomes Altimari Advogados
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#Governança Corporativa  #Notícias

Azul cria nova unidade de negócios para vender créditos de carbono a clientes corporativos

17 de fevereiro de 2025

A companhia aérea azul acaba de criar uma nova unidade de negócios focada na intermediação de compra e venda de créditos de carbono entre projetos geradores e empresas que buscam a neutralização de suas emissões de gases de efeito estufa.

Filipe Alvarez, gerente de Sustentabilidade da Azul, conta que levou um tempo até a companhia consolidar a estratégia da nova área, para se certificar que os projetos vendidos têm integridade. “Ao invés de parceria com projeto específico, nós estamos funcionando como um grande marketplace de desenvolvedores e projetos que passam pelo crivo de governança e compliance”, afirma.

A empresa já oferece há um tempo a neutralização de emissões das viagens a pessoas físicas, mas ela sempre foi feita por uma plataforma internacional chamada Chooose, que disponibiliza a interface de venda de crédito ofertada no final do processo de compra de passagens. Neste caso, são três projetos de REDD+, conservação florestal na Amazônia. O serviço para pessoas físicas continua como está e a nova unidade tratará exclusivamente dos clientes jurídicos.

Há uma questão operacional que pesou na decisão de separar os serviços. Alguns clientes não compram crédito suficiente para chegar a 1 tonelada de carbono equivalente, que corresponde a um crédito de carbono. Por isso, a empresa decidiu intermediar, consolidando a demanda, ajudando na compra dos créditos e nos certificados de aposentadoria dos mesmos – quando são usados para, de fato, neutralizar as emissões contabilmente e não podem mais ser utilizados.

“Para empresas nós internalizamos a gestão [da comercialização de créditos]. no corporativo os clientes querem entender melhor, querem um relatório personalizado e assessoria”, comenta o executivo.

O executivo explica que um dos diferenciais do programa está a curadoria de parcerias – a Azul firmou contrato de oferta de créditos por sua plataforma com empresas como Auren, Systemica, Caixa Econômica e GSS. A busca pelos nomes também levou em consideração o tipo de crédito. “O cliente poderá escolher o que mais tem afinidade. Teremos créditos de energia renovável, de reflorestamento, conservação florestal, um inovador crédito de Cerrado.”

Além disso, diz que a diversificação ajuda a atender públicos com diferentes objetivos: enquanto algumas empresas têm uma evidente preocupação com o que estão adquirindo, fazem perguntas e colocam seus compliances para fazer diligência, outras só querem mesmo é ‘cumprir tabela’ – para estas, é o preço que mais importa na decisão.

A escolha dos parceiros também levou um tempo, com rechecagem de informações e cruzamento de dados para saber se os projetos eram sólidos. De acordo com Alvarez, as parcerias foram firmadas após passar por filtros de qualidade. O setor passa ainda por uma crise de desconfiança e queda de credibilidade desde que notícias sobre fraudes e critérios frouxos de emissão, especialmente dos créditos REDD+, vieram à tona em 2023 e 2024. Nos projetos para pessoa física, o executivo afirma que também são avaliados critérios como atendimento a mais de um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), serem certificados pela Verra, a maior certificadora do mundo, não serem tão velhos e terem, necessariamente, adicionalidades sociais.

Outro ponto destacado por Alvarez é que, dentro do objetivo de facilitar a negociação, a equipe da nova unidade irá auxiliar os clientes corporativos no entendimento do processo de neutralização e na escolha dos créditos alinhada com sua estratégia de descarbonização. “Já vínhamos assessorando os clientes corporativos a buscarem o mercado de carbono e decidimos transformar isso em um modelo de negócios a partir da provocação dos próprios clientes”, conta.

A nova área vai atuar, por enquanto, no mercado de carbono voluntário. Mas, segundo o executivo, a Azul também mira o mercado regulado, que acaba de ser aprovado pelo congresso e cujo funcionamento será detalhado nos próximos dois anos. “Nosso foco é oferecer soluções confiáveis, diversificadas e acessíveis para empresas, de todos os tamanhos e setores, que desejam estar preparadas para o novo mercado de carbono brasileiro e até mesmo para liderar a agenda climática nos próximos anos”, aponta Alvarez.

A compra de créditos de carbono para compensar emissões de gases efeito estufa é uma prática disseminada nos últimos anos, com diversas empresas brasileiras e de fora do país se valendo dela para ajudar nas metas de descarbonização. Segundo dados da empresa da consultoria e assessoria de soluções ambientais Systemica, em 2024, estima-se que as negociações de créditos de carbono no mercado primário – ou seja, aquele em que o crédito gerado é vendido pela primeira vez – ficou entre US$ 1,4 bilhão e US$ 1,5 bilhão em 2024, estável em relação a 2023, mas abaixo do pico visto em 2022, de US$ 1,7 bilhão a US$ 2 bilhões. O Brasil é sempre citado como um dos países com maior potencial de geração de créditos. Segundo estudo da consultoria McKinsey de 2022, o mercado de créditos de carbono pode saltar para US$ 50 bilhões em 2030 e o Brasil tem potencial para responder por 15% disso.

Nos últimos anos também surgiram mais empresas que fazem intermediação de venda e compra de créditos e companhias oferecendo ao consumidor final o serviço, de empresas de entrega de comida a viagens. Entre as aéreas, a Gol foi a primeira a oferecer aos seus clientes, em 2021, a possibilidade de compensação das emissões por meio de uma parceria parceria com a comercializadora de créditos Moss.

Em seu último relatório de sustentabilidade, publicado no ano passado, o programa, chamado de MeuVooCompensa, chegou a comercializar 5.474 toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente. Mesmo assim, esse número mostra um baixo engajamento – menos de 1% dos clientes estavam dispostos a pagar um pouco a mais para neutralizar suas emissões.

Contudo, em meio à crise de credibilidade que o setor passa, foram deflagradas operações que investigam possíveis esquemas fraudulentos de geração e venda de crédito. A mais conhecida delas, a Operação Greenwashing, da Polícia Federal, cujo nome se refere à prática de divulgação de supostos benefícios ao meio ambiente que não correspondem à realidade. Deflagrada em junho passado, ela apurou esquemas de grilagem e de terras e extração ilegal de madeira em projetos de créditos na Amazônia que geravam créditos comprados por grandes companhias brasileiras. Entre as comercializadoras investigadas estava a Moss.

O Prática ESG apurou que, desde que a operação foi deflagrada, a Gol suspendeu o contrato com a Moss e está em negociação via o departamento jurídico para reaver os créditos que ainda não foram compensados. A Gol também parou de oferecer o serviço de neutralização aos clientes pessoas físicas e jurídicas há cerca de quatro meses e está em busca de um novo parceiro. Procurada, a Gol não quis comentar o caso da Moss e nem sobre o futuro de seu programa.

Procurada, a Latam não respondeu, até o fim do fechamento desta reportagem, sobre uma possível intenção de lançar o serviço de venda de créditos de carbono a clientes. Hoje a empresa faz compensação de parte de suas emissões próprias com a compra de créditos.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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