• O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Startup
    • Contato
  • O que fazemos
    • Áreas de atuação
    • Profissionais
    • Canal de Denúncias
    • Newsletter
    • Eventos
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Destaques
    • Ebooks
    • Na Mídia
  • Seja um dos nossos
    • Vagas
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito do Consumidor  #Notícias

2ª Seção do STJ definirá se inclusão em cadastro de inadimplentes pode ser comunicada por e-mail

22 de março de 2024

A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deverá definir se é válida a comunicação remetida por e-mail a consumidor sobre sua inscrição em cadastro de inadimplentes. A falta deste aviso tem gerado, há anos, milhares de ações judiciais com pedido de indenização por dano moral. Ontem, os ministros da 4ª Turma da Corte consideraram legal o uso  da ferramenta eletrônica. Mas, ao analisar o assunto anteriormente, a 3ª Turma já havia proferido decisão em sentido oposto.

No julgamento, os ministros destacaram que a discussão é relevante para o país. O Brasil tinha 72 milhões de inadimplentes em janeiro, segundo dados do Serasa Experian, com dívidas que somavam R$ 382,2 bilhões. Em média, o valor das dívidas é de R$ 1.410,73. A maior parte dos débitos é com bancos ou referente a cartão de crédito (29,37%), seguidas por contas básicas, como água, luz e gás (23,09%), financeiras (16,76%) e varejo (10,95%).

No caso, um consumidor recorreu de decisão que negou pedido de pagamento de indenização por dano moral por inserção indevida de seu nome em cadastro de inadimplentes. A comunicação prévia a ele foi feita exclusivamente por e-mail.

O caso trata de uma ação condenatória contra a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre. O nome do consumidor pessoa física teria sido inscrito pelo serviço de proteção ao crédito. As dívidas eram de R$ 22 mil e R$ 6 mil no banco Santander.

Na sentença da primeira instância da Justiça, foi determinado que não havia anuência do devedor com relação a essa forma de condenação. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) julgou improcedente a ação judicial, negando o pedido da pessoa física, que recorreu ao STJ.

Na Corte superior, a relatora, ministra Isabel Gallotti, votou para rejeitar o pedido do consumidor. Segundo a ministra, o avanço tecnológico e a popularização de comunicações por meio eletrônico autorizam entender que a determinação de que a inscrição seja “comunicada por escrito ao consumidor” do Código de Defesa do Consumidor (CDC) é mais abrang

A comprovação do envio e entrega de e-mail no servidor do destino é de fácil acesso para empresas mantenedoras de cadastros, segundo ela. Para a relatora, não há necessidade de comprovar que a comunicação foi lida pelo destinatário. Esse foi o entendimento que prevaleceu hoje, por maioria de votos.

O julgamento foi retomado com o voto vista do ministro Marco Buzzi. Ele divergiu em parte da relatora e ficou vencido. Para Buzzi é possível a notificação eletrônica, mas algumas condições precisam ser seguidas — incluindo a ciência inequívoca da mensagem pelo interpelado.

Outras condições necessárias seriam que o consumidor, na contratação do serviço, seja avisado e aceite a comunicação eletrônica para cobrança de valores ou alerta de inclusão de nome, seja previamente informado especialmente quando há cobrança de valores ou inclusão do nome em cadastros restritivos.Além disso, para Buzzi, a comunicação eletrônica sobre a inclusão do nome deve conter a expressão “notificação ou interpelação extrajudicial” e ser efetivamente recebida na caixa de entrada ou número de celular fornecido na contratação com a ciência do devedor (devidamente lida).

No caso concreto, o ministro considerou estranho que tenham sido encaminhados e-mails para um endereço de nome “Aline” se o devedor se chamava “Flávio”. O título do e-mail também foi inadequado, segundo o ministro: “Comunicados Importantes Boa Vista Serviços”.

“Tal comunicação jamais se caracterizaria como notificação segundo o Código de Defesa do Consumidor”, afirmou Marco Buzzi, que ponderou ser possível que o devedor acreditasse se tratar de fraude. No caso concreto, a comunicação enviada não cumpriu os requisitos mínimos, segundo o ministro.

No voto, o ministro lembrou que a 3ª Turma do STJ já decidiu que a notificação do consumidor sobre inscrição de nome em cadastro restritivo de crédito exige o envio de correspondência ao endereço do devedor. A Turma vedou a notificação exclusiva por meio de endereço eletrônico (e-mail) ou mensagem de texto de celular (Resp 2056285).

O ministro afirmou que considerou que a realidade brasileira está muito evoluída quanto ao uso de internet e telefonia móvel. Citou dados do IBGE que apontam que 46% dos domicílios brasileiros têm computador ou tablet. E 96% têm telefone móvel ou celular.

A relatora destacou que, apesar da diferença nos nomes, o e-mail foi enviado ao endereço indicado pelo consumidor. O voto dela foi seguido pelo ministro Antonio Carlos Ferreira, que considerou que o requisito da lei foi seguido e não há controvérsia em relação ao endereço de e-mail — porque o devedor não apontou que não seria o e-mail dele. O ministro Raul Araújo também seguiu a relatora, formando a maioria.

De acordo com a advogada Janaína de Castro Galvão, sócia da área cível da Innocenti Advogados, a decisão é relevante já que o artigo 43, paragrafo 2°, do CDC estabelece que, nesse caso, o consumidor deve ser comunicado por meios oficiais. “Se por um lado impedir o envio da comunicação apenas por e-mail tem por justificativa a proteção ao consumidor, para não ser “pego de surpresa”, por outro lado a demonstração clara e inequívoca do recebimento e leitura por e-mail não pode ser renegado”, afirmou.

Segundo a advogada, é prematuro dizer se essa decisão passara a ser adotada nos tribunais inferiores por haver a hipótese de ser levantada divergência com relação a 3ª Turma.

Já para Marcos Filipe Aleixo de Araújo, especialista em direito civil e do consumidor do Peixoto & Cury Advogados, a decisão da 4ª Turma do STJ trará celeridade e praticidade aos atos administrativos de inclusão do nome de devedores no cadastro de maus pagadores. Segundo o advogado, com a divergência de entendimentos entre as Turmas, é possível que em um futuro próximo, o STJ faça um julgamento no colegiado para pacificar seu entendimento.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

Últimas Publicações

Justiça Federal anula registro de desenho industrial de modelo clássico da Grendene
INPI atualiza Tabela de Retribuições: entenda os impactos e como se preparar para as novas taxas a partir de agosto de 2025
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Banco não precisa indenizar por golpe aplicado em site falso, diz STJ
Condomínio e construtora indenizarão criança por acidente em escada de piscina
Juíza de MT aceita pedido de recuperação judicial do Grupo Safras
Troca equivocada de termos não compromete validade da petição inicial
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR