O atacante Eduardo Sasha, assim como o goleiro Everson, foi à Justiça para buscar a rescisão contratual com o Santos alegando não ter concordado com a redução de 70% nos salários desde abril.
No processo, não mais em segredo de Justiça e obtido pelo ge, o jogador anexa documentos que comprovam que ele não aceitou o corte.
Entre as 188 páginas, Eduardo Sasha mostra uma mensagem do superintendente de futebol do Santos, William Thomas, no dia 9 de abril, no WhatsApp, endereçada aos “capitães”.
Nela, o dirigente cita o pagamento integral do salário referente a março e que o Santos aceitava a proposta dos jogadores de redução de apenas 30% dos salários a partir de abril, como o ge noticiou à época.
No dia 12 de maio, porém, o Santos comunicou, por e-mail enviado a todos os seus funcionários, inclusive jogadores, que reduziria por três meses os salários de quem recebe mais de R$ 6 mil em 70%. Eduardo Sasha, então, respondeu a mensagem enviada pelo clube, negando o acordo.
Diante disso, Eduardo Sasha cobra, na Justiça, a diferença de 70% nos salários de abril, maio, junho e julho de 2020; tudo o que teria direito até o fim do contrato, em 31/12/2022, cerca de R$ 10,9 milhões; 13º proporcional; férias proporcionais; FGTS; luvas; e multa rescisória.
Na última quarta-feira, a Justiça deu o prazo de cinco dias para o Santos provar que tinha um acordo coletivo com os jogadores ou que pagou tudo o que deve a Eduardo Sasha. Caso contrário, a expectativa é de que o contrato do atacante seja rescindido.
Fonte: Gabriel dos Santos. Globo Esporte. Acesso em: 23/07/2020.