• Início
  • O Escritório
    • Sobre
    • Memorial GAA Jaú
    • Pro Bono
    • Vagas
    • Startup
  • Equipe
  • Áreas
  • Publicações
    • Notícias
    • Destaques
  • Contato
  • Canal de Denúncias
Menu
Gomes Altimari Advogados
PT EN CN
#Direito Empresarial  #Notícias

Americanas girava até 10% da venda com verbas e incentivos

21 de junho de 2023

Um dos pontos centrais em relação às acusações de fraude na Americanas, que tem causado estranhamento entre analistas e varejistas, refere-se ao tamanho dos lançamentos artificiais com verbas de propaganda e outros incentivos comerciais.

Nos últimos dias, há uma pergunta recorrente no mercado sobre o valor em si, muito fora dos padrões do setor, mesmo considerando que são contratos fictícios de bonificações, como o grupo relatou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas, na terça-feira.

O Valor conversou com executivos e conselheiros sobre o tema, e nas palavras de um membro de conselho de varejista há 15 anos, “seriam necessárias décadas de um esquema de criação de contratos frios para se chegar a mais de R$ 20 bilhões em fraudes acumuladas”, como relatado pela rede na terça-feira, em nota ao mercado. “E décadas sem ninguém ter visto nada?”.

Na visão da atual direção, seria impossível identificar os desvios, considerando que havia falsificações de documentos e alterações de dados pelos ex-executivos por anos. Apesar disso, os balanços anuais da rede, aprovados pelo colegiado e auditoria independente, já mostravam somas bilionárias em acordos comerciais, chegando a dois dígitos da venda total anual.

A Americanas registrava, de janeiro a setembro de 2022, último balanço disponível, R$ 1,24 bilhão na cifra de acordos comerciais (que incluem bonificações da indústria), para uma receita com venda de mercadorias e serviços de R$ 20 bilhões – ou seja, equivalente a 6% da venda. No ano anterior, até setembro de 2021, representou 10% da venda, segundo as notas explicativas das demonstrações contábeis. Um ano antes, chegou a 9,5% na operação física da Lojas Americanas.

Isso raramente passa de 1%, 2%, no máximo, até porque se perde o controle. Não dá para entender como conseguiram criar algo desse tamanho. É uma estrutura complexa para gerenciar, parte dos contratos ainda são manuais, então é fácil se perder. Por isso, há dúvidas no setor sobre o que a Americanas relatou. E antes falavam de risco sacado, agora não falam mais. Ainda está confuso”, diz um vice-presidente comercial de uma rede. “Teria que ser um sistema de operação muito estruturado em várias áreas. Isso pode explicar a demissão de cerca de 30 pessoas após a descoberta”, diz uma segunda fonte. Essas demissões foram informadas pela Americanas.

“Décadas sem ninguém ter visto nada?”, diz um conselheiro de uma varejista

No Carrefour Brasil, a maior varejista no país e segunda maior da América Latina, foram R$ 248 milhões em verbas comerciais a receber até setembro de 2022, apenas 20% do que a Americanas relatou, para um negócio bem maior no Carrefour, de R$ 80 bilhões em venda de mercadorias no período.

No Magazine Luiza foram R$ 337,3 milhões em valores de bonificações de fornecedores até setembro de 2022, para uma venda de R$ 30,7 bilhões, cerca de 1%. No ano anterior, também era nessa faixa, de 1,1%.

Em outro cálculo, o peso dos acordos comerciais da Americanas, na conta de fornecedores, equivalia a quase 20% até setembro – no Carrefour, era de 2%. Existem diferentes tipos de bonificações, e a Americanas centrou suas acusações à ex-diretoria à verba de propaganda. O grupo recebia descontos sobre itens comprados da indústria se atingisse metas de vendas em ações publicitárias. A atual direção afirma que contratos “frios” foram criados para inflar as verbas por anos.

É preciso considerar que o tema das bonificações é encarado, há décadas, com cautela e desconfiança pelos analistas e investidores, após vários escândalos contábeis em redes pelo mundo, exatamente sobre fraudes em acordos comerciais. Outros países fizeram mudanças em suas regras contáveis, após descobertas de fraudes em empresas, como a holandesa Ahold e a americana Walmart, mas no Brasil, não há publicações de ofícios da CVM sobre esse tema.

Os ofícios servem para reforçar, para as empresas, regras a serem respeitadas na elaboração das demonstrações sobre algum tema específico – muitas vezes, a CVM publica esses ofícios quando verifica “desvios” e quer reforçar alertas.

Na contabilidade, os acordos comerciais têm que ser declarados na linha de contas a receber, na parte dos ativos, ou na conta de fornecedores. E na demonstração de resultados, como redutor do custo de mercadoria.

A auditoria externa da Americanas, para os balanços dos anos de 2016 a 2018, já havia chamado a atenção, por três vezes, que era preciso fazer “melhorias nos controles internos” da operação, em decorrência de acordos comerciais entre a rede e seus fornecedores.

A auditoria da época, a KPMG, considerou esse assunto “significativo” por causa da “relevância” dos valores, do alto número de transações, “algumas de natureza complexa. Ao fim das análises nas três vezes, classificou a questão como “aceitável”.

“Conselho de administração e comitê de auditores da rede poderiam pedir uma auditoria interna específica dessa linha? Claro que poderiam, mas, muitas vezes, se o auditor independente considera o tema aceitável no parecer, se vira a página e vida que segue”, diz um membro de conselho de uma varejista de supermercados.

Na terça-feira, na CPI, a empresa disse que há documentos que indicam que KPMG e a PwC, atual auditoria, teriam amenizado o teor de pareceres sobre alguns temas, mas não especificou o assunto. Logo, não é possível saber se esse suposto acerto envolveria as bonificações. Sobre o tema, a Americanas informa em nota que, como foi dito na sessão da CPI, nas fraudes envolvendo as auditorias, as informações precisam de mais contexto porque documentos falsificados foram apresentados às auditorias, por parte dos ex-diretores.


Fonte: VALOR ECONÔMICO

Últimas Publicações

Panorama sobre a Regulamentação das Apostas Esportivas no Brasil
Pela terceira vez seguida, BB acompanha Copom e anuncia redução de taxas de juros
Mulher que perdeu velório da filha por voo cancelado será indenizada

Fale Conosco

*Em respeito à lei e à sua segurança, protegemos seus dados pessoais. Acesse nossa Política de Privacidade.
Artigos Relacionados
Mulher que perdeu velório da filha por voo cancelado será indenizada
Juiz nega tutela antecipada para recuperação de operadora da Starbucks
Tempo de deslocamento interno em empresa configura hora extra, diz TRT-2
Presidente da FIFA confirma Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034
Contato

Marília

R. Pernambuco, 1032 – Banzato
17515-120

  • +55 (14) 3433-5931

São Paulo

Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105 – 6°andar - conj. 609 - Ed. Thera Office, Brooklin
04571-010

  • +55 (11) 3253-1502

Jaú

R. Tenente Navarro, 59 – Chácara Braz Miraglia
17210-010

  • +55 (14) 3626-5283

Maringá

Av. Carneiro Leão, 563 - conj. 1602 - Zona 01
87014-010

  • +55 (44) 3025-0350
Gomes Altimari Advogados
gaa@gomesaltimari.com.br
Desenvolvido por Mustache
Política de privacidade, acesse aqui.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência aos nossos visitantes. Ao continuar utilizando o site, você concorda e está ciente do uso. Acesse nossa página de política de privacidade   clicando aqui   e saiba mais.
Aceito
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR